
Manifestação foi feita em repúdio à tentativa de privatização da estatal pelo governo do estado e por grupo de empresários. Jornada de lutas prossegue até o final de semana em todo o país.
Cerca de 800 pessoas ocuparam a sede administrativa das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) em Florianópolis nesta segunda-feira (10). O ato faz parte da Jornada Nacional Unificada de Lutas, que envolve sindicatos, Via Campesina, pastorais sociais e movimento estudantil de todo o país.
Para Altair Lavratti, do Movimento Sem Terra (MST), esta manifestação é um repúdio à tentativa de privatização da estatal pelo governo do estado e por grupo de empresários. Lavratti comenta que acionistas da Previ e acionistas individuais, que detêm 80% das ações da Celesc, querem assumir por completo a gestão da companhia. No momento, o estado possui o controle acionário e de gestão da estatal.
“Fizemos está ocupação nas dependências da Celesc contra a possibilidade do último golpe de privatização que poderá acontecer. Das três partes da estatal, duas já estão nas mãos do capital privado. Energia é um bem público e não uma mercadoria”, diz.
Durante a tarde a manifestação continuou do lado de fora da sede. “Lá dentro ocorre uma reunião dos conselhos que tentam encaminhar a privatização. Nós estamos aqui fora manifestando e certamente eles estão nos ouvindo. Agora nós estamos dando o recado e também mobilizando a comunidade catarinense para que permaneça unida a favor da Celesc enquanto uma empresa pública” .
Na cidade de Criciúma, Sul do estado, também ocorreu a assembléia dos funcionários da Celesc, que reuniu mais de 3 mil trabalhadores. A jornada de luta também acontece em outras cidades do estado. Em Chapecó e Itapiranga, a Via Campesina organiza acampamento e manifestações contra o agronegócio. No Vale do Itajaí, sindicatos realizam paralisações em algumas indústrias como forma de protesto contra as demissões e pela redução da jornada de trabalho sem a redução de salário. As ações prosseguem até o final de semana.
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