JORNAL "ABC", DE ASSUNÇÃO, PREGA A VOLTA AO STRONISMO
O diário de Zuccolillo e da ultradireita mostrou de uma maneira descarada seu caráter fascistóide ao condenar o presidente Lugo por expressar a sua satisfação pela "unidade sem exclusões", com a presença e a participação dos comunistas no grande ato de reafirmação da luta por mudanças democráticas e contra o golpismo terrorista.
O sermão totalitário do "ABC" é difundido quando ainda sangra a ferida provocada pelo terrorismo de Estado da ditadura stronista disfarçada como "democracia sem comunistas".
Centenas e milhares de patriotas e democratas paraguaios e paraguaias, de todos os partidos políticos e independentes, que lutavam pela democracia foram reprimidos, torturados e assassinados, acusados de serem comunistas ou "inocentes úteis ao comunismo".
Pelo que foi visto e lido no "ABC" desse domingo 8 de novembro de 2009, não foi suficiente a sangrenta perseguição durante a tirania do General Stroessner, que com a máscara da "democracia sem comunistas" implantou, inaugurou no Paraguai o regime dos sequestros e as desaparições de centenas de compatriotas.
"Democracia sem comunistas" foi o reino de uma minoria de mafiosos, de uma gangue de chefes militares e de oligarcas, de um punhado de latifundiários e empresas transnacionais que se apropriaram de nossa pátria e exploraram e reprimiram bestialmente o nosso povo.
Durante essa tirania de 35 anos, que se auto-qualificava de "democracia sem comunistas", de "campeã do anticomunismo", amamentada e mimada por Washington, pelo imperialismo ianque, o Paraguai foi uma grande prisão e um cemitério de democratas e patriotas.
Em nome da "Segurança Nacional" o ditador Stroessner, por mandato de seus chefes norteamericanos, ditou as famosas leis 294 "De defesa da democracia" e 209 "De defesa da paz pública e da liberdade das pessoas", com longos anos de prisão para os opositores.
"ABC", como Eduardo Avilés, o fascista chileno da Associação Rural do Paraguai, e outros, defendem um anticomunismo troglodita, a liquidação de mulheres e homens acusados de serem comunistas.
Nem mais nem menos: a apologia do crime político, do massacre dos compatriotas que por quererem um Paraguai verdadeiramente democrático, devem ser reprimidos, liquidados ou excluídos.
Como disse Lugo, o processo democrático não dará nenhum passo atrás.
A unidade na diversidade, a unidade sem exclusões e seu permanente fortalecimento é a chave de uma verdadeira democratização.
A democracia como ferramenta de mudanças libertadoras é a política justa. Nisto está o nosso povo. E isto é irreversível.
Comissão Política do Partido Comunista Paraguaio
Assunção, 9 de novembro de 2009
(tradução de Rodrigo Fonseca)
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