Base Manoel Alves Ribeiro (MAR)
Partido Comunista Brasileiro
Florianópolis/SC.

Informe do Movimento de Mulheres Camponesas em Santa Catarina – MMC/SC

Informe do Movimento de Mulheres Camponesas em Santa Catarina – MMC/SC

PEDIDO DE SOLIDARIEDADE

No inicio dos anos 80, a região oeste, principalmente, o município de
Chapecó, acompanhou a organização do Movimento de Mulheres Camponesas
em Santa Catarina – MMC/SC, na época Movimento de Mulheres
Agricultoras - MMA. Nesta trajetória de organização e busca de
direitos, nós mulheres camponesas através de nosso Movimento assumimos
nossa própria formação e qualificação profissional. Lutamos pelo
reconhecimento de nossa profissão de trabalhadora rural, a
documentação pessoal e profissional, os direitos previdenciários
(auxilio acidente de trabalho, auxilio doença, auxilio reclusão,
aposentadoria, salário maternidade), a construção de novas relações de
gênero e pelo fim de todas as formas de discriminação e violência
praticada contra as mulheres, ao mesmo tempo, em que nos articulamos
com outros movimentos sociais, diferentes organizações, com as
pastorais e sociedade em geral. Reivindicamos políticas agrícolas,
crédito, preços justos dos produtos, buscando aliviar a difícil
situação pela qual passa as mulheres e as famílias camponesas.


Passados mais de vinte anos de história de luta das mulheres
camponesas em Santa Catarina, tendo em vista a abrangência do
movimento e a importância da continuidade no processo de libertação
das mulheres, bem como, sua contribuição para com a qualidade de vida
e a saúde da população, principalmente, através do trabalho na
agricultura agroecológica, o MMC/SC no ano de 2000, buscou junto ao
poder público de Chapecó/SC, a possibilidade de um terreno para a
construção da sede do Movimento e um Centro de Formação para as
mulheres camponesas.


O Poder Público de Chapecó através de concessão real de uso de bem
publico, nº 001/2000, concedeu para um prazo de 10 anos e prorrogável
por igual período, uma área de 3.793,91 metros quadrados, localizada
no Bairro Presidente Médici neste município de Chapecó/SC para a
Associação Estadual de Mulheres Camponesas de Santa Catarina –
AEMC/SC, na data de 25 (vinte e cinco) de janeiro de 2000.


Em novembro de 2009, a AEMC/SC entidade jurídica do Movimento
solicitou a renovação do contrato de concessão de uso, junto ao poder
publico municipal. O atual Prefeito João Rodrigues de Chapecó/SC
enviou um oficio comunicando a rescisão de contrato num prazo de 90
dias, a contar de 26 de novembro de 2009.


Queremos informar que a AEMC/SC, desde a data da concessão vem
trabalhando e buscando cumprir com os objetivos assumidos no ato da
concessão.
Administramos com muita responsabilidade as campanhas, coletas,
apoios, doações realizadas pelas mulheres camponesas, pastorais e
entidades parceiras e construímos neste terreno o Centro de Formação
com uma área de 1.162,52 m2. Neste local funciona: secretaria,
biblioteca, sala de reuniões. Para responder o objetivo da capacitação
das mulheres, abriga também: auditório, refeitório, cozinha,
dormitório, banheiros, com capacidade para 80 (oitenta) pessoas.


Diante do exposto acima temos consciência, que a AEMC/SC cumpre com os
objetivos ora propostos, por que:


• A construção foi realizada pela AEMC/SC aplicando com seriedade e
responsabilidade toda a doação recebida da articulação do Movimento
com as mulheres organizadas, pastorais e entidades parceiras.


• No local funciona a sede do Movimento, juntamente com a biblioteca e
arquivo histórico, considerando que Chapecó/SC é o município mãe onde
nasceu o MMC/SC. O Movimento teve sua origem em Chapecó com amplo
apoio da diocese e da sociedade, por isso é justo que sua sede se
localize neste município.


• No centro de formação acontecem, cursos, encontros, debates,
plenárias, seminários de capacitação para as mulheres sobre
agricultura agroecológica. Neste sentido o movimento desenvolve o
programa de recuperação, produção e melhoramento de sementes crioulas
de hortaliças; e, no projeto saúde integral com a recuperação de
plantas medicinais e a organização de hortos medicinais, articulado
com a produção de alimentos saudáveis.


• No terreno estamos organizando a horta agroecológica onde se faz a
prática de recuperação do solo, servindo de espaço pedagógico para os
grupos que por ali passam, bem como, produção de alimentos para o auto
consumo.


• A capacitação feita para as mulheres camponesas sobre agricultura
tem como princípio básico a necessidade de produzir alimentos
saudáveis e preservar o ambiente.


Diante disto, a todos/as (autoridades, lideranças sociais, entidades,
organizações, movimentos sociais, entre outros) que conhecem a atuação
do Movimento de Mulheres Camponesas estamos solicitando apoios,
posicionamentos, escrevendo sobre a atuação do MMC e manifestando-se
favorável a RENOVAÇÃO DA CONCESSAO DE USO DO TERRENO PARA A AEMC/SC,
pela historia que este movimento representa para a sociedade.


Não podemos permitir que a história de emancipação das mulheres
camponesas seja ignorada e desprezada por algumas autoridades. Mais
uma vez querem silenciar e não reconhecer o papel da mulher camponesa
no desenvolvimento da sociedade. Contamos com seu apoio, pois os
direitos das mulheres são direitos humanos e beneficiam toda a
sociedade.

Envie moção de apoio, carta, abaixo assinado para o endereço abaixo e
com cópia para AEMC/SC. A historia de organização das mulheres
camponesas agradece.

Sr. João Rodrigues

Prefeito do Município de Chapecó – Santa Catarina

Fone: 49 3321 8400 e fax 49 3321 8441


AEMC/SC
Rua Sete de Setembro 2070 D

Bairro Presidente Médici

89806-150 Chapecó/SC

Fone/fax: 49 33 22 25 39

Correio eletrônico: aema@unochapeco.edu.br

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